Cinema: Yiwootsaram (2012)

Olha, vou ter que começar dizendo que não sei como é a tradução certa do título desse nome. Eu o conheci com o nome de “The Neighbors” (que se traduz em “os vizinhos”), mas achei aqui que também é conhecido em inglês como “The Neighbor” (“o vizinho” no singular). Acho que pela história poderia ser qualquer um dos dois, então é melhor que você o procure pelo nome em coreano mesmo…

Esse é um filme de suspense/terror, o que na Ásia aparentemente se traduz em fotografia cinzenta e noturna, com chuva como fator constante (algo de água parece sempre estar presente nos filmes de terror). Toda a história acontece em torno de um conjunto residencial e seus moradores, o que explica o nome do filme.

Em um dia de chuva uma menina recebe o telefonema da mãe dizendo que não poderá buscá-la. Meio tristonha, a menina pega o ônibus e sobe a rua de casa sozinha na escuridão da noite. Um carro preto para ao lado dela e a menina sobe. Mais tarde, sabemos que a menina foi assassinada por esse vizinho e seu corpo foi encontrado dentro de uma mala. Começamos a seguir então outros personagens e suas ligações com o assassino (que sabemos desde o começo quem é) e seus motivos para não compartilharem suas suspeitas (e até mesmo certeza). Ao mesmo tempo, uma menina idêntica a garotinha que morreu nos é apresentada, a fofinha Soo-Yeon (Kim Sae-Ron), que nem sabe do perigo que corre.

Gyung-Hee (Kim Yunjin) é a madrasta da menina assassinada, que desde a morte de Yeo-Seon a vê chegar todos os dias em casa da escola e carrega a culpa de não ter buscado a menina. Ambas tinham uma relação ainda em desenvolvimento e a madrasta sente por todas as palavras e gestos que não pôde demonstrar. Ahn Hyuk-Mo (Ma Dong-Seok) é um conhecido ex-criminoso que mora no complexo e é sempre o primeiro suspeito de qualquer evento negativo nas cercanias, com seu temperamento explosivo e raivoso. Pyo Jong-Rok (Cheon Ho-Jin) é um dos porteiros/serventes, que carrega nas costas o peso de um passado inconfessável. Ahn Sang-Yoon (Do Ji-Han) é o entregador de pizza bastante observador que logo junta as peças e descobre quem é o assassino. Kim Sang-Young (Lim Ha-Ryong) é dono de uma loja de malas e bolsas, que reconhece todos os eventos em torno da compra suspeita de uma mala muito semelhante a encontrada com o corpo de Yeo-Seon, mas não acusa o assassino para preservar seus negócios. E, por fim, temos Ryu Seung-Hyuk (Kim Sung-Kyun), o assassino em série que, apesar de seus modos suspeitos, consegue passar incólume por longo tempo.

E então temos todos esses personagens que sabem pedaços da história e poderiam indicar o autor do crime para a polícia, mas por motivos diferentes se calam e, só quando a ameaça cresce em volume, resolvem tomar alguma atitude contrária.

Dos filmes de terror asiático que assisti até hoje esse é o mais esquecível, ou o mais óbvio. Temos alguns elementos um tanto repetidos de outras narrativas, como a presença meio randômica do fantasminha camarada de Yeo-Seon e um vilão bastante marcado como tal, muito óbvio em seus movimentos. Para mim quem brilhou no filme foi Ma Dong-Seok, o seu anti-herói preferido que vai agir como o espectador gostaria de poder atuar frente ao assassino. Nesse ponto, há uma catarse maravilhosa.

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